terça-feira, 21 de julho de 2015

Iberescena: Fundo de apoio às artes cênicas já está aberto


O Fundo de Ajuda para as Artes Cênicas Ibero-Americanas (Iberescena) está com inscrições abertas até o dia 30 de setembro deste ano, com opção de três modalidades. A assistência varia de € 6 mil a € 30 mil. Em moeda brasileira, algo em torno de R$ 20 mil a R$ 104 mil.

As informações e os formulários de cada um dos processos seletivos estão disponíveis, em português, na página eletrônica www.iberescena.org. Esta nona edição do projeto contempla as seguintes categorias:

A) Redes, festivais e espaços cênicos para a programação de espetáculos;
B) Coprodução de espetáculos ibero-americanos de artes cênicas;
C) Processos de criação dramatúrgica e coreográfica, em residência.

Por meio do edital, o Fundo de Ajuda investe na promoção dos Estados membros e, com apoio financeira, cria um espaço de integração para as artes cênicas.

Além da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), o programa é integrado e financiado por 13 países: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

Desde 2007, o Iberescena recebeu um total de 3.755 cadastros e custeou 812 projetos, com investimento de quase € 8 mi - ou mais de R$ 27,5 mi. O que representa 295 contemplados na categoria A, 166 na B e 300 na modalidade C.

Seleção de projetos 2015/2016

A) Ajuda a redes, festivais e espaços cênicos para a programação de espetáculos

Público: Redes, festivais, salas e espaços cênicos públicos ou privados.
Prioridade: Investir em propostas de circo, de dança contemporânea e/ou criação atual e de teatro.
Valor máximo: € 30 mil (sujeito à disponibilidade do Fundo).

B) Ajuda a coprodução de espetáculos ibero-americanos de artes cênicas

Público: Entidades ou instituições públicas ou privadas, grupos e companhias de teatro, dança contemporânea e circo profissionais.
Prioridade: Mostrar atividades que contribuam para o fortalecimento dos planos de cooperação e integração do programa Iberescena.
Valor máximo: € 25 mil (sujeito à disponibilidade do Fundo).

C) Ajuda aos processos de criação dramatúrgica e coreográfica, em residência

Público: Entidades e artistas criadores
Prioridade: Apoio para processos de residência em criação cênica, com liberdade temática, a fim de incentivar estas atividades. Em nenhum dos casos a ajuda será destinada à produção.

Valor máximo: € 6 mil (criadores) e de € 8 mil (entidades) - sujeitos à disponibilidade do Fundo.

terça-feira, 14 de julho de 2015

terça-feira, 14 de julho de 2015 Festival Matias de Teatro de Rua já começou

As cidades de Bujari, Plácido de Castro, Senador Guiomard e Rio Branco receberão o Festival Matias de Teatro de Rua até o próximo sábado, 19.

Grupos do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pernambuco, Brasília, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul encenarão 41 espetáculos abertos, além de oficinas de formação.

A proposta é promover o livre acesso aos bens culturais, por meio da ocupação de espaços públicos, e estimular trocas de experiência e interação artística entre o movimento teatral e a plateia.

Realização da Cia Visse & Versa, Federação de Teatro do Acre (Fetac), Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) e Serviço Social do Comércio (Sesc). Apoio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB). 

Programação para terça-feira (14/07)

Espetáculo: Compassos em Silêncio, às 17h
Grupo: Locômbia (RR)
Local: Em frente aos Correios, no Bujari

Espetáculo: O Dragão de Macaparana, às 17h
Grupo: Soufflê do Bodó Company (AM)
Local: Praça Fontenele de Castro, em Senador Guiomard

Espetáculo: Rua Sem Saída, às 17h
Grupo: Nativos Terra Rasgada (SP)
Local: Centro da Juventude do Recanto dos Buritis, em Rio Branco

Espetáculo: Saltimbembe Mambembancos, às 18h
Grupo: Rosa dos Ventos (SP)
Local: Em frente aos Correios, no Bujari

Espetáculo: Espelho da Lua, às 18h
Grupo: Tropa do Balacobaco (PE)
Local: Praça Fontenele de Castro, em Senador Guiomard

Espetáculo: As Mulheres de Molière, às 19h
Grupo: Cia Visse e Versa (AC)
Local: Calçadão do Novo Mercado Velho, em Rio Branco

Espetáculo: Exemplos de Bastião, às 20h
Grupo: Mamulengo Sem Fronteiras (DF)
Local: Calçadão do Novo Mercado Velho, em Rio Branco

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Miguel Proença: O pianista com alma de criança diz até logo a Rio Branco



[Foto: Fagner Delgado/prefeitura de Rio Branco]
“A minha missão é levar música a vocês, para que não se esqueçam. E não esquecemos o que emociona a gente”. A frase, dita pelo pianista Miguel Proença, foi dirigida aos ilustres convidados para a estreia da sétima edição do projeto “Piano Brasil”, na última quarta-feira, 8. A atividade ocorreu no Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco.

Ansiosas para assistir ao ensaio aberto, centenas de crianças da rede pública de ensino, com idade entre 5 e 8 anos, expressavam excitação e curiosidade. Havia pelo menos três boas justificativas, já que a maioria experimentava de tudo aquilo pela primeira vez. O ambiente do teatro, a oportunidade de ver e tocar um piano e, ainda, a emoção provocada pela vibração da música erudita.

Do palco, o artista interagia com o público a todo momento. Brincou, conversou, fez perguntas e ensinou aos menores como se portar em um espetáculo, além de contar histórias das obras que reproduz e da carreira pessoal. O projeto congrega música e educação para superar uma antiga barreira cultural, que é a formação de plateia. O show, então, acaba virando uma aula prazerosa.

[Foto: Fagner Delgado/prefeitura de Rio Branco]
E a distribuição da cartilha “Piano Brasil VII” reforça o conteúdo apresentado. As imagens são da artista Bruna Assis Brasil, que também ilustrou a recente publicação infantil da jornalista Adriana Carranca: “Malala”. O autor dos textos é o maestro Ricardo Prado, responsável por uma revolução criativa, pedagógica e administrativa na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.

Quando a mágica acontece...

Agora a experiência já está no campo das memórias que ninguém esquece. Afinal, a primeiridade é um sentimento único. Que o diga o comunicativo Ezequiel Martins, que deixou o ensaio com os olhos brilhando e vontade de quero mais. “O pianista tocando, o espaço, eu achei muito interessante. Foi a minha primeira vez e pude ver tudo de pertinho”, confirma.

[Foto: Fagner Delgado/prefeitura de Rio Branco]
O rapazinho simpático de cabelos lisos na altura dos ombros responde ligeiro quando questionado se pretende retornar, e confessa que sim. A colega Michele Sombra economiza palavras, mas sorri satisfeita e avalia o que acabou de viver: “Foi muito legal, muito bonito. Nunca tinha ido ao teatro”. Dia histórico para os alunos das escolas Bom Jesus, Mário Lobão e Djanira Bezerra dos Reis.

A despedida

Fora a abertura, o “Piano Brasil” promoveu uma masterclass na Usina de Arte. O encontro, na quinta-feira, 9, gerou uma reflexão sobre o resgate da história do movimento erudito no Acre e uma troca de experiências entre o pianista e alunos e professores de música. A atividade se encerrou com um recital executado na sexta-feira, 10. Quem foi ao Teatro Plácido de Castro pediu bis.

[Foto: Fagner Delgado/prefeitura de Rio Branco]
A ação já alcançou 134 cidades do país e, em 2015, deve passar pelas cinco regiões até o mês de novembro. A proposta inicial surgiu após a divulgação da coletânea “Piano Brasileiro”, lançada em 2005 pela Biscoito Fino. A Unesco – pasta de cultura da Organização das Nações Unidas (ONU) – concedeu o título de “Patrimônio da Música Brasileira” à obra.

Hoje, o nome do gaúcho de Quaraí está gravado no muro da fama da Steinway&Sons, na Alemanha, que homenageia os pianistas mais relevantes do mundo. “Toco pelo Brasil, Europa e outros cantos do mundo há 50 anos, mas demorei para chegar aqui. Porém, fiz questão de trazer o concerto porque é um contato importante com a Amazônia e as novas gerações”, ressalta Proença.

[Foto: Fagner Delgado/prefeitura de Rio Branco]

A realização é da Delphos Produções e do Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal (CEF). Apoio da prefeitura de Rio Branco, representada pela Fundação Garibaldi Brasil (FGB), e do governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM).

terça-feira, 7 de julho de 2015

Pianista Miguel Proença apresenta a sétima edição do “Piano Brasil”


Com mais de 50 anos de carreira, o pianista Miguel Proença executa a sétima edição do “Piano Brasil” na cidade de Rio Branco. É a primeira vez, porém, que o projeto será desenvolvido no Acre. Músicos, pedagogos, arte-educadores e estudantes devem participar de atividades de iniciação à música erudita, formação de plateia e troca de experiências.

A programação começa nesta quarta-feira, 8, às 15h, no Teatro Plácido de Castro. De forma gratuita, os alunos da rede pública de ensino receberão cartilhas ilustradas criadas exclusivamente para o ensaio aberto, transformando-o numa espécie de show-aula. O texto é assinado pelo maestro Ricardo Prado e as ilustrações são da artista Bruna Assis Brasil.

O segundo passo será uma aula de masterclass na quinta-feira, 9, às 19h, na Usina de Arte. “Ministrei aulas na Alemanha durante cinco anos e formei grandes talentos. Criei um Centro de Referência Pianística na cidade de Vitória (ES), em 2014, onde ensinei durante o ano inteiro. É um dos meus maiores prazeres”, explica Miguel Proença.

O encerramento ocorre com um recital na sexta-feira, 10, às 20h, também no Teatro Plácido de Castro. O projeto “Piano Brasil” consolidou-se como uma das principais iniciativas à música erudita dos últimos anos e já foi recebido em 134 cidades brasileiras. Neste ano, a ação percorrerá as cinco regiões do país até o mês de novembro.

Norte: Rio Branco/AC, Manaus/AM e Palmas/ TO;
Nordeste: Recife/PE, Salvador/BA, Ihéus/BA e Natal/RN;
Centro-Oeste: Brasília/DF e Campo Grande/MS;
Sudeste: Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES e Ribeirão Preto/SP;
Sul: Porto Alegre/RS, Maringá/PR e Londrina/PR.

A realização é da Delphos Produções e do Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal (CEF). Apoio da prefeitura de Rio Branco e do governo do Acre - por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) e da Fundação Elias Mansour (FEM), respectivamente.

Responsabilidade social

O “Piano Brasil” adota ações de contrapartida social alinhadas com alguns dos “Objetivos do Milênio” propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A contratação de fornecedores e serviços para a execução do projeto, por exemplo, contempla os pequenos empresários. E o lixo produzido durante a programação já possui destino certo: reciclagem.

Os organizadores disponibilizarão recipientes de coleta seletiva e os resíduos serão enviados a uma cooperativa que atua na capital. Outra questão importante é a acessibilidade. Os recitais ocorrem em lugares com acesso adaptado aos portadores de necessidades especiais, com rampas, elevadores, assistentes e até mesmo assentos reservados aos cadeirantes.